sábado, 28 de janeiro de 2012

Reveillon 2012 - Porto Seguro


Centro de Porto Seguro - ao fundo Arraial D'Ajuda
Após seis anos, retorno à terra do descobrimento do Brasil. É ainda um lugar seguro e muito bonito. Sua proximidade com Minas e DF, lugares sem acesso ao mar, atrai muitos mineiros e brasilienses, sem contar com os visitantes das cidades vizinhas. Não me lembro da cidade estar tão lotada como agora. Certo dia gastamos duas horas e meia até o centro, um trajeto que faríamos em 15 ou 20 minutos em dias normais. 
É ainda uma opção barata de praia nessa época pois dispõe de muitos leitos e não tem a estrutura dos grandes centros. Porto Seguro está mais para uma grande vila que para uma cidade. Ela vive do e para o turismo, que segue uma vocação conforto sem luxo. Os jovens são presença maciça por conta do agito, embora haja espaço para todas as tribos.
Quem espera curtir praia durante o dia e fugir do hotel durante a noite terá apenas a Passarela do Descobrimento (antes denominada Passarela do Álcool), as atrações das barracas Axé Moi e Tôa Tôa, além das diversas opções da Ilha dos Aquários. Tudo muito turístico, explorando o ritmo baiano e o comércio de lembrancinhas e comidas regionais. Nada que dê uma noção menos caricata da rotina e do hábito dos moradores de lá. Em janeiro e fevereiro é possível assistir a um ou outro show de música, participar de um luau e só. Sóóóóóó?! Digo só não porque seja pouco, mas porque são opções do mesmo naipe, é uma variedade do mesmo.
Quem vem em busca das belezas naturais, encontra muitas atrações e uma semana parece insuficiente para aproveitar.

Praia de Taperapuã, altura da Axé Moi
       Sempre fiquei na praia de Taperapuã. Está a uns 7 km do centro e é basicamente ocupada por hotéis e pousadas, que são separados do mar pela avenida Beira Mar. Essa avenida segue até a praia e o povoado de Coroa Vermelha. O mar em toda essa extensão é tranquilo e com águas mornas no verão. Dessa vez, no entanto, ocorreu um fato bem curioso: a temperatura da água era bem quente na superfície e muito gelada perto do fundo. Algo nada sutil, causando uma sensação estranha aos sentidos. Muito legal.
A areia é fina mas não muito clara. Se o sol abre com vontade é difícil caminhar com os pés descalços, a não ser muito próximo ao mar.
Mesmo nessa época de superlotação, não há praias lotadas como vemos em outros lugares. Nas barracas é possível haver grande aglomeração, mas logo ao lado ter à disposição vista livre e muito espaço pra jogar um frescobol ou simplesmente forrar uma toalha e sentar pra curtir a paisagem.
O bom de se hospedar em Taperapuã é ter uma praia balneável e linda sempre ao seu alcance e estar próximo do centro, acessível por ônibus públicos limpos e conservados. Algumas empresas de turismo oferecem transporte gratuito aos seus clientes para esse mesmo trajeto ida e volta, disponibilizados em horários determinados. Grupos maiores podem contar com vans e Doblôs, mas nunca com a mesma economia.

O centro a que me refiro é a já mencionada Passarela do Descobrimento. É onde estão reunidas as lojas de artesanato, alimentação e as barracas vermelhas que vendem de tudo e só visíveis durante a noite, quando são armadas. Ali você se confunde com outros tantos turistas, como num formigueiro.
Há comidas típicas como tapiocas, acarajés, cocadas e castanhas, mas também é possível encontrar casas de massas e pizzas, além de sorveterias cujos donos sejam autênticos italianos. Experimentei o sorvete da Toda Hora. Caro mas muito bom.
Prepare-se para se deparar com muita gente. Embora o local seja entupido, não faltam opções para a diversão e a alimentação. Serve a todo tipo de gosto e de gasto.
Parte alta histórica
Pequenos pataxós

O restaurante Colher de Pau indico muitíssimo. Há um no centro e outro em Taperapuã. No da praia tem guarda-sóis e espreguiçadeiras na areia e na hora da refeição, pode-se ir até a área do restaurante, coberto de choupana, muito limpo e agradável. A comida é saborosíssima e em porções que servem duas pessoas de apetite moderado.