terça-feira, 25 de novembro de 2014

Mi Buenos Aires Querido


De volta a Buenos Aires depois de 3 anos, tive uma grata satisfação de ir com meus pais. Andamos muito mas foi muito bom. Comemos super-bem. Eles amaram. Os hermanos se mostraram muito mais "adaptados" a nós, brasileiros. Fomos sempre bem atendidos.

  • Onde Comemos
1) Cabaña Villegas
     Fica em Puerto Madero, na altura do navio museu. Comida impecável e atendimento muito gentil. Quando souberam que minha mãe fazia aniversário, trouxeram uma sobremesa com velinhas e tudo, acompanhada de champagne e de muitos garçons cantando o cumpleaños. Havia prato executivo, mas preferimos pedir o tradicional bife de chorizo. E acertamos. Primeira refeição em terras platinas e foi a que marcou. Uau, que delícia de carne! A paisagem também foi uma sensação a mais: dia claro, o navio, o rio, pessoas caminhando. Voltarei com certeza.

2) Café Tortoni
     Da outra vez não tinha conseguido entrar por causa da fila. Deixamos pra última hora e não deu pra esperar, pois o voo sairia naquele mesmo dia. Dessa vez chegamos no início da tarde. Havia fila, mas bem menor. Lotado, como sempre, conseguimos um local próximo à entrada. Não é tão glamuroso quanto se imagina de fora. Talvez menos que a Confeitaria Colombo no Rio. Queria pedir o indicado pelos viajantes, mas logo a minha frente, uma mulher comia o churros com chocolate quente. Percebi que ele não era crocante como pensava. Quando vi o preço então, achei melhor pedir apenas duas unidades dele com café. Dito e feito, bem decepcionante. Quem conhece o churros servido no Pobre Ruan, sentiria o mesmo. Bem, mas é um ponto turístico que não se pode deixar de ir. Nem que seja pra dizer que foi e não gostou. O que salvou foi o café: adoramos. O atendimento foi bem simpático e rápido.

3) El Sanjuanino
   Empanadas, empanadas. Ir a BsAs e não provar as empanadas é como ir a Salvador e não provar acarajé. Então, resolvi que iria comer as do El Sanjuanino, as mais indicadas entre as indicadas. Quase unanimidade. Deixei os pais no hotel e fui comprar as tais. Estavam lindas. Escolhi carne, frango e as tão faladas de cebola caramelada. Voltei correndo pro hotel para comê-las quentes. Comi, comi, comi. E ao final concluí: é, não são maravilhosas não. Já havia comido melhores na Recoleta. Tentei até justificar pra mim mesma que talvez as fritas fossem as delirantes e não as assadas. Bem, mas valeu conhecer. Pode ser que volte pra tirar a prova. Por enquanto, fico com a frustração.

4) La Paroloccia Casa Tua - Palermo
    É uma rede de restaurantes espalhada por Buenos Aires. Fomos na de Palermo, próxima ao museu Evita. Foi tudo excelente: ambiente, serviço, comida e preço. Ao chegar, são oferecidos drinks e água. A cesta de pães é enorme e deliciosa, acompanhada de pastas e patês. A reposição é frequente. As opções do menu executivo são massas, peixes, carnes e frango, além da salada. As sobremesas também são diversas. Tudo em boa quantidade. Amei a decoração clássica, muito chique. Fizemos a reserva por meio do Restorando e tivemos desconto. Recomendo muitíssimo. Da próxima vez quero experimentar a de Puerto Madero.

5) La Josefina
    Na esquina do Museu Evita, está o La Josefina, também em Palermo. Aliás, Palermo é cheia de surpresas saborosas. Não havia pesquisado sobre o restaurante. Vimos de fora, gostamos e entramos. O ambiente é muito acolhedor, especializado em parrillas. O atendimento foi muito simpático. Nem preciso dizer o que meus pais pediram: carne. Eu quis mudar e pedi um outro tradicional de Buenos Aires, o filé parmegiano, que é o nosso bife à milanesa. Tive indicações de comer esse prato em outros lugares, mas aquele estava divino. Enooorme, sequinho. Valeu!

6) L'Orangerie - Alvear - Chá da tarde
   Agendamos para 18h. Fomos em 3 pessoas mas não havia uma variedade para cada um de nós dos petiscos, além de serem muito pequenos não dava pra dividir. Na nossa mesa serviram a mesma quantidade de comida que para a mesa com 2 pessoas. O atendimento foi muito demorado. Há pouquíssimas opções salgadas, dois sanduíches com patês e presunto do tamanho de meio pão de forma. Uns dois pãezinhos um pouco maior que uma moeda de 1 real. Nenhuma das opções me fez subir às nuvens com o sabor. O chá escolhido foi o de fava de baunilha. Uma delícia. Pedimos para repetir o chá, feito em um bule grande mas que não ficou na mesa. Os garçons cochicharam como se estivessem decidindo se podíamos repetir ou não e um deles veio repor. Depois disso, tivemos que chamar o garçom que parecia não nos enxergar. A única coisa de tamanho razoável foi a torta doce final. Experimentei a mil folhas com chocolate. Estava muito boa. Minha mãe pediu a de pera. Estava bem melhor que a minha. Lá se foi mais um tempo e serviram a tal Champagne. Cumpriram com o desconto por termos reservado com o site Restorando mas deram troco errado. Claro que fiz questão de não dar os 10%. Ah, o ambiente é maravilhoso, com estilo rebuscado e detalhes em dourado. A louça é gasta mas guarda o seu glamour. Sinceramente, 180 pesos (R$ 69,00) é muito só para admirar a arquitetura. Fui preparada para pouco, mas veio menos ainda.

7) Itamae Sushi - San Telmo
    Queríamos comer no La Cabrera. Chegamos atrasados para o happy hour que termina às 18h e tem redução de 50% nos preços. Sem saber onde ir, fomos voltando à estação do metrô e vendo o que podíamos escolher. Entramos no Itamae Sushi. Muito bom atendimento e muito gostosa a comida, apesar de meio salgado o preço. O ambiente é moderno e não havia nenhum funcionário de origem japonesa. Receosos por isso, fomos pedindo um prato de cada vez: miso, gyoza, tempura e tábua de sashimis. Tudo estava muito bom. Nos tirou um pouco da tristeza que estávamos por não ter comido no La Cabrera.

8) La Gran Taberna
    Queria um restaurante próximo ao Congresso, pois estaríamos nas redondezas. Foi aí que apareceu a indicação do La Gran Taberna, comida espanhola no centro de Buenos Aires. Fica na rua detrás do Congresso. Bem fácil de achar. Pegamos um garçom com cara de bravo que dava medo (é o do site). Mas não se surpreenda se fizer uma piada de repente. Com jeitão bem portenho e prestativo, é boa gente. O ambiente é bem característico, com vinhos, jamones e alho pendurados no teto. Muito aconchegante. O cardápio é imenso, chega a ser pesado mas o carro-chefe é a paella, que eu adoro e por isso me atraiu. Meus pais resolveram ir de carne novamente, estavam vidrados em carne. rs Havia opção de paella pequena e foi essa que pedi, já que seria apenas pra mim. Vem uma porção que dá pra três tranquilamente. Muito boa, molhadinha, com fartura de frutos do mar. A carne deu um pouco de trabalho porque teve de ser mais passada. Nada que estragasse a impressão. Se quiser variar em Buenos Aires, fica a dica.

  • Hotéis
1) Arroyo Tower
    Já havia me hospedado no Abasto Plaza, no tradicional bairro Abastos de Gardel. Dessa vez quis me hospedar mais próxima da Recoleta e de Palermo. Mas teria de ter acesso fácil ao metrô. Então descobri o Arroyo. Pequeno, arrumadinho, a algumas quadras da estação San Martin - linha C. Fica a umas 3 quadras do fim da Florida e da entrada do metrô. Dá pra caminhar até o centrinho da Recoleta e tem muitas opções de restaurante nas redondezas. Consegui um preço ótimo no Hotel Urbano.

    O Arroyo Towers tem uma entradinha bem discreta, foi toda reforma depois que estive lá. Mas os quartos são uma graça, tem um carpete com grafismos em tons de lilás e creme. O que ficamos, um triplo, tinha uma salinha com mesa, cadeiras, frigobar e pia, e um armário. Havia um corredorzinho entre a sala e o banheiro para deixar as malas, com prateleiras e cofre. O banheiro está sem azulejos, mas bem cuidado. Deu a impressão de que está num estágio de espera pela forma definitiva. Oferece secador e vários produtos para banho. O chuveiro fica dentro da banheira em pvc, na qual se apoia uma meia divisória para aparar os respingos. Se não for cuidadoso, molha-se todo o piso (ponto negativo). O café da manhã não é muito variado mas é muito gostoso. Nota 10 para as medialunas e creme cheese fresco. Há opções de bebidas quentes e frias, um tipo de queijo, um de presunto e 3 opções de cereais e de doces. Descobrimos que se pode pedir ovo mexido ou frito, o que deu um UP nas opções. Não tem pão tipo francês, somente pão de forma, o que deixou a desejar. Para finalizar, salada de frutas e geleias. O atendimento é um capítulo à parte. A equipe sempre muito simpática e atenciosa. Mesmo antes do check-in, nos permitiram tomar o desajuno. Adiantaram para 10h nossa entrada que seria apenas às 15h. Num dia o wifi não estava pegando bem no quarto. Prontamente o Javier disse que iria reiniciar o modem. Tempos depois me ligou para conferir se tinha melhorado. Um mimo. Recomendo e voltaria com certeza.

2) Bisonte Libertad
    Depois de fechar com o Arroyo, me deparei com o Bisonte. A única coisa que me desagradou um pouco foi a localização em relação à estação de metrô, fica um pouco distante. De resto tenho planos de um dia ficar lá e confirmar a impressão que tenho. Há promoções no site do hotel para agendamentos antecipados. Vale a pena se programar e conferir.

  • Locomoção
1) Metrô
    Mapa: http://www.buenosaires.gob.ar/subte/mapa
    A maioria dos deslocamentos fizemos de metrô. Foi bem tranquilo e fácil. A linha A tem trens novinhos, importados do Japão. Chique, chique. O ponto negativo é a falta de acessibilidade. Não há escadas rolantes nem esteiras.

2) Táxi
    Mesmo sendo barata a tarifa de táxi, não compensa muito se você não vai dividir com outra pessoa. E depois, caminhar é a melhor parte, conhecer os cantinhos da cidade e tal. Usamos mais à noite. Deve-se ter cuidado ao pegar na rua. Há diversos casos de troco errado e troca de notas legítimas por falsificadas. Melhor chamar pelo telefone, quando der.

3) Transfer gratuito
    A maioria dos shoppings está oferecendo translado gratuito a partir do hotel, ida e volta. Verifique o shopping e programe com antecedência um agendamento. Com certeza o Abasto e o Alcorta têm esse serviço.
  • Passeios
    Há vários passeios guiados e gratuitos na cidade de Buenos Aires à disposição dos turistas. Basta se programar. Conheça-os aqui.
1) El Querandí
    Eu já havia ido ao Sr Tango por isso fiz questão de ir ao mais conceituado dentre os que mais se aproximam do tango original. Nem por isso foi mais barato. Apesar do peso ser muito desvalorizado em relação ao Real, os shows de tango e passeios turísticos são sempre cotados em dólar. Estava incluído o traslado e não contratamos o jantar. A van chegou pontualmente para nos buscar, vazia, vazia. Estou abusando das repetições neste post hehe. Até achamos que seria meio furada porque no caminho não parou pra pegar mais ninguém. Mas quando chegamos, lá dentro já estava cheio. 
O lugar não é muito grande e tem uns resquícios da decoração original em madeira. Muito bonito. O palco bastante alto também não é grande, comporta no máximo 3 casais dançando. Isso torna o lugar mais familiar, aconchegante. O show é uma amostra da evolução do tango em diferentes épocas. Um telão vai acrescentando informações durante a apresentação. Três cantores se revezam no palco enquanto os dançarinos fazem suas performances. É tudo mais próximo do real e não glamoroso com no Sr Tango. Há fotógrafos que tiram fotos dos clientes para vendê-las no final do espetáculo. Caríssimas por sinal. Foi interessante e bonito. Gostei e indico. Destaque para a suculenta empanada frita. Humm, inesquecível. A melhor dessa viagem.

2) Tour Papal de metrô - linha  A San Jose de Flores
    Há um Circuito Papal en Bus que sai da Basílica San Jose de Flores, no bairro de Flores, sábados, domingos e feriados, de 9h às 15h. Resolvemos fazê-lo por conta própria porque não teríamos disponibilidade nesses dias.
    Começamos no metrô linha E, descendo na estação Medalla Milagrosa. Caminhamos até a praça da Misericórdia. Ali brincou Francisco provavelmente. Logo ao lado está o Colégio de mesmo nome, onde o papa estudou quando menino. Há uma igreja anexa ao colégio. Era horário de aula. Pedimos para a secretária e ela nos autorizou entrar e conhecê-la. Muito bonita por dentro. Os alunos já estão ficando habituados aos turistas que têm ido lá, mas ainda assim ficam todos de butuca.
   Seguimos a pé para a casa onde viveu o Papa, na rua Membrillar, 531. É uma fachada simples, onde puseram uma placa dizendo que aquela foi a casa de Bergoglio. Logo na esquina, a pracinha de sua infância, a Hermínia Brumana.
    Partimos então para a Basílica San José de Flores. Qual não foi nossa surpresa em ver, bem em frente a ela, uma estação do metrô funcionando. Economizamos uma caminhada na volta. Lá dentro, a simpatia do segurança chamou atenção juntamente com a beleza da igreja. Não deixe de ir até a capela, à esquerda da nave, lá no fundo. É linda, silenciosa e acolhedora.
    Regressamos para o centro, a partir da estação San José de Flores, que estava recém-inaugurada. Há uma imagem do santo e de Bergoglio no hall de entrada.
    Foi muito gratificante ter refeito os passos de Francisco e conhecer um pouco de sua gente e lugar. 


3) Jardim Japonês / Rosedal - Parece um ótimo passeio, lugar bonito, bem cuidado. Mas assim que atravessamos os portões, o guarda do lugar pediu que nos retirássemos pois fechariam naquele momento, devido ao mau tempo. Uma pena, penita.

4) Palermo - É um bairro muito arborizado, bom de se caminhar, com muitas opções de restaurantes. Ali ficam o museu Evita, o Zoo, o jardim japonês, o rosedal, o planetário e também o Malba. Então, aproveite para explorar o local, que é relativamente grande para uma só estação de metrô. 

5) Zoo de Buenos Aires -

6) Museu Evita - Fui nas duas vezes que visitei Buenos Aires. Não me arrependo. É pequeno mas bem estruturado. A casa em que está situado foi base da obra assistencial de Evita. São imperdíveis os vestidos que ela usava, a área azulejada e as projeções com o dia da sua morte. Emocionante. Há um café se precisar de um lanche.

7) Museu Casa Carlos Gardel
    O museu funciona na antiga casa do cantor. É pequena e simples, mas remonta à época em que ali viveu.

8) Abasto Shopping
    Gosto muito desse shopping porque é o antigo mercado restaurado, localizado próximo à Casa Gardel. Ele é lindo por dentro e oferece o que o turista espera: Havana, Freddo sorveteria e marcas internacionais como Starbucks, Mac, Nike e Vichy. Para crianças, ainda tem o Museo de los niños e o Neverland. Sem contar as marcas locais como a Kevingston e muitas opções em alimentação e bebidas.

9) Feira de San Telmo

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

La Bella Italia - Passeios Imperdíveis

A intenção inicial era fazer passeios independentes, mas por vezes foi mais cômodo aderir a um tour especializado, mesmo para ganhar tempo, como no caso de Cinqueterre, em que os horários de trem e a distância não colaboram com o turista autônomo. Foi tudo muito acertado em nossas escolhas. Tudo saiu a contento. Não tivemos nenhuma desistência ou contratempo insuperável. Conseguimos fazer todos os passeios agendados e contratados.
Na maioria dos casos, a escolha da empresa foi influenciada pela pesquisa no TripAdvisor. 


Utilizamos os serviços da Italian Days em Bolonha. Queríamos fazer o passeio proposto por eles,  o Italian Day Food Experience, mas queríamos também acrescentar uma visita à Maranello, onde fica a fábrica e o museu da Ferrari.
Propus e eles me fizeram uma oferta irrecusável. Ficou muito interessante passar o dia conhecendo e experimentando os sabores do queijo e do prosciutto e no final ir ver de perto todo aquele acervo do automobilismo.
O Alessandro, o guia, é muito dinâmico e alegre. Te deixa à vontade e fala de uma forma muito apaixonada. Não só explica, como nos leva a ver de perto todo o processo do parmeggiano, do acetto balsâmico e do prosciutto. É um passeio incrível porque podemos provar a cada explicação todos os produtos. Sem falar no almoço de encerramento que reúne massas e carnes numa confraternização entre amigos. A paisagem é outro elemento importantíssimo. Entre uma e outra parada, pudemos observar todo esplendor de uma região rica e produtiva, a variedade de cultivos e de cores.
Tudo foi fechado por email e o pagamento realizado apenas no final do passeio.
Pelo muito que significou pra mim, atribuo a nota máxima, 10 pra eles. Inesquecível.


Com a Ciao Florence pudemos conhecer os arredores de Florença, coisa que só conseguiríamos alugando um carro. São regiões da verdadeira toscana, Chianti com aqueles morros e vales todos plantados, tecendo uma colcha colorida diante dos seus olhos.
Escolhemos um passeio só de meio dia, de 14h as 18h, pois chegaríamos a Florença pela manhã, almoçaríamo e visitaríamos a Galeria Uffizi. Conheceríamos a paisagem e provaríamos algumas de suas especialidades: vinho com o selo Galo Nero, aceto e azeite. O pagamento podia ser feito em dinheiro ou em cartão no local de encontro, antes da saída do ônibus.
A primeira parada foi em uma produção familiar agrícola. Ouvimos sobre o processo de obtenção do aceto e vimos sua forma de estocagem. Em outra dependência da fazenda, tivemos uma série de degustações orientadas: vinho com queijo, aceto com sorvete, azeite com feijões e torradas. Tudo muito elaborado ao paladar e surpreendente, com explicações sobre a origem dos alimentos e a razão de estarem ali. Houve tempo para passar na lojinha onde todos os produtos consumidos estavam a venda.
Seguimos dali para Monteriggione, uma cidadela em cima do morro, encerrada por uma muralha. Muito interessante e pequena. Ali experimentamos o vinho Vinsanto e tomamos sorvete delicioso. Para subir na muralha, é preciso pagar uma pequena taxa. Vale a pena para ver a extensa paisagem, lá de cima, e se imaginar na época em que tudo ali estava no auge.
Antes de procurar uma empresa pra fazer esse passeio, avaliei seriamente as vantagens e desvantagens de se alugar um carro. Como dispunha de meio período do dia somente, concluí que não valia a pena, não só pelo preço, mas pela preocupação com estacionamentos e com o horário de devolução.
Ao retornar do tour, senti que tinha feito a escolha certa.



Minha primeira dúvida antes de fechar o passeio foi se eu conseguiria acompanhar o ritmo, pois há uma longa caminha a pé pelo parque, em terreno acidentado, com subidas e descidas. Relatei minhas preocupações a eles, inclusive a com uma hérnia de disco, e obtive imediata resposta sobre a distância e outros detalhes. Mesmo tendo sido a última a chegar ao destino nessa trilha, deu bem pra acompanhar o grupo.
Com o passeio agendado e pago pela internet, também saindo de Florença, partimos pontualmente de frente da estação de trem Santa Maria Novella às 9h. Havia dois guias e cada qual ficou com a metade do grupo, um explicando em língua inglesa e outro em italiano. Passamos por La Spezzia e descemos em Riomaggiore. Caminhamos pela parte alta da cidade, indo pegar o trem em Manarolla. De lá, caminhamos até Cornilha, onde almoçamos no restaurante Da Cecio. Muito bom e a paisagem é uma degustação à parte. Dali seguimos a tal trilha tortuosa e acidentada e maravilhooooooooosa. A vontade que dava era de parar e ficar admirando o mar turquesa lá embaixo. E tirar fotos e mais fotos. A chegada da caminhada foi pelo alto de Vernazza, onde ficamos admirando o mar quebrar nas pedras e depois apreciamos o delicioso gelatto. Pegamos um trem para Monterosso, onde tivemos tempo para um banho de mar geladíííííssimo, numa paisagem fabulosa. Tomamos um barco para Riomaggiore, com destino à Via dell'Amore. Pense num caminho beirando o penhasco e você se sentindo literalmente sobre o mar,um imenso mar pela frente, refletindo o sol já baixo do início da tarde. Nossa, que felicidade!!! Nem me dei conta do cansaço. Amei tudo. Ainda restava pegar o trem mais uma vez de Riomaggiore para La Spezia, de onde retornamos ao ônibus. Um dia de muita emoção.
Este passeio é oferecido pela conceituado site de turismo Viator por um preço quase que duas vezes maior. No entanto descobri que a Viator agencia o Walkabout Florence para realizar seus passeios em Cinqueterre. Ou seja, você paga bem menos pela mesma qualidade.

Apesar de ter percebido já em Nápoles que o preço acordado não era dos mais baixos, foi uma tranquilidade contar com os serviços da Ravello Taxi. Combinei o trajeto que queria fazer à Costa Amalfitana com o Salvatore, por email, e tudo correu a contento. Fomos de Nápoles à Salermo de trem para encurtar o caminho e baratear o custo. De lá seguimos de táxi até Amalfi, percorrendo as sinuosas pistas da encosta, estreitinhas que só, motivo de minha desistência em alugar um carro. O visual é fantástico. Quem enjoa com facilidade deve considerar a pista sinuosa por demais. Lá ficamos na praia e almoçamos. Depois subimos de Openbus até Ravello para visitar a Villa Cimbrone e a Villa Rufolo. Na volta, nossos planos foram atrapalhados por uma festa religiosa na região, tornando incerto o retorno até Salerno. Salvatore nos propôs levar diretamente até Nápoles por um valor que julgamos justo. Aceitamos, embora fôssemos perder o valor da passagem de trem já paga. Em compensação, curtimos mais paisagens maravilhosas que cercam o Vesúvio, só que dessa vez admirando não mais o mar mas as montanhas. Foi um dia pra não esquecer, graças aos serviços da Ravello.



Depois de muitos blogs lidos, chegamos ao nome de Nunzio, um barqueiro de bons preços e certa proximidade com clientes brasileiros. Único porém: não retorna os emails com a rapidez que se espera. Tanto que, depois de tudo tratado, resolvi procurar outro porque não me respondeu minha última pergunta. Foi então que descobri a Capri Relax Boats. Tratei com o Andew, muito solícito e atencioso. Logo que relatei a ele meus acordos com o Nunzio, foi logo dizendo que ele trabalhava lá também e que estava tudo resolvido. Confiei e deu certo. No ponto marcado em Marina Grande, na hora exata, encontrei Andrew que logo destinou nossa embarcação. Ficamos com um barco exclusivo para nós. Toalhas e água foram oferecidas. Fizemos a volta em torno da ilha, passando pelos pontos principais, como A gruta azul (pagamento à parte e muito bem pago, diga-se com propriedade) e o Faraglione, incluindo paradas para banho. Nosso guia era muito jovem mas muito simpático e prestativo. Levamos 2h15min para percorrer a ilha. Um tempo de contemplação e lazer. Show! Recomendadíssimo.


VASTOURS

Em Roma, fizemos um passeio de meio dia à Villa Adrian e à Villa d'Este. Infelizmente não achei mais o link dessa empresa. Mas lembro-me de haver outras a oferecer o mesmo serviço. Optei pelo tour pelo motivo da agilidade. Fazê-lo por conta própria levaria muito tempo, muito desgaste e pouco proveito. As vilas não ficam tão distantes de Roma, mas não há um transporte direto até lá. Como quis dispor somente metade do dia para conhecê-las, o jeito foi contratar a excursão. Achei que valeu a pena. Não se ganha muito ficando mais tempo em cada uma delas.